[Nota: trecho retirado do livro "Jewish Law from Jesus to the Mishnah", de E. P. Sanders, publicado por SCM Press, London, 1990, p. 23.]
O Jesus sinótico se comportou no sábado de uma maneira que se enquadrava no âmbito do debate judaico da época sobre o assunto, e que estava bem dentro da abrangência do comportamento permitido. Jesus é descrito como sendo questionado sobre algumas de suas ações e sobre permitir que seus discípulos colhessem grãos quando estavam com fome; mas ele defendeu todos os casos por meio de algum tipo de argumento legal (às vezes não muito bom), e não há indicação de que suas justificativas não foram aceitas ou que aqueles que o examinaram apresentaram acusações ao magistrado local. Outros judeus discordaram sobre questões igualmente substanciais. As histórias sinóticas mostram que qualquer possível transgressão da parte de Jesus ou de seus seguidores era menor e teria sido vista como tal até pelos grupos mais restritos.